99Food escreve um novo capítulo para o delivery no Brasil
99 Food Divulgação O mercado brasileiro de delivery, avaliado em mais de R$ 100 bilhões anuais, enfrenta um dilema. Por um lado, o hábito de pedir comida po...

99 Food Divulgação O mercado brasileiro de delivery, avaliado em mais de R$ 100 bilhões anuais, enfrenta um dilema. Por um lado, o hábito de pedir comida por aplicativo se consolidou: 91% dos consumidores consideram o serviço essencial no dia a dia, segundo pesquisa do Instituto Locomotiva em parceria com a Abrasel. Mas, por outro, o entusiasmo inicial foi freado por um sistema de preços mais altos do que no balcão e uma percepção crescente de que a equação deixou de ser justa. Não por acaso, 63% dos consumidores afirmam já ter desistido de pedir delivery por causa dos custos. É nesse contexto que a 99, empresa de tecnologia que já conecta transporte, pagamentos e logística a milhões de brasileiros, estreia no país seu serviço de entrega de refeições, usando um modelo baseado no conceito de ganha-ganha-ganha: melhor para o consumidor, melhor para o restaurante, melhor para o entregador. A 99Food já chega com um plano ousado: investir R$ 2 bilhões no primeiro ano de operação, com a meta de alcançar pelo menos 100 cidades até meados de 2026. Goiânia, São Paulo e, em breve, no Rio O projeto começou em junho de 2025 por Goiânia, cidade escolhida como piloto. A segunda etapa ocorreu em agosto, com a entrada em São Paulo e região metropolitana. O aporte de R$ 500 milhões deu início a uma fase de testes que rapidamente mobilizou a economia local: mais de 20 mil restaurantes aderiram ao serviço e cerca de 50 mil entregadores encontraram novas oportunidades de renda. Até o fim do ano, a marca chega ao Rio de Janeiro. A capital fluminense marca um passo simbólico: além de expandir o alcance da 99Food, representa a consolidação de uma estratégia nacional. Um modelo que questiona as regras Na prática, a proposta da 99Food se apoia em três pilares: preços mais justos, ganhos mais dignos e conveniência ampliada. Para os restaurantes, a plataforma oferece melhores modelos de negociação. Como afirma Simeng Wang, diretor-geral da 99 no Brasil, a chegada da 99 ao setor não é somente uma movimentação de mercado, mas um convite a repensar o modelo atual. “Não viemos para jogar segundo as regras antigas. Viemos para mudá-las em benefício de todos. Estamos empolgados em trazer essa revolução ao maior mercado do país. É hora de preços justos, mais opções, verdadeira acessibilidade e de transformar o delivery em um recurso que todos possam aproveitar.” A estimativa é que essa economia permita vender pratos no delivery pelo mesmo valor praticado no cardápio físico, algo que 94% dos consumidores e 81% dos restaurantes acreditam ser possível se não houvesse comissões das plataformas atuais. Para os entregadores, há garantias objetivas de remuneração, como R$ 250 por dia para quem completar 20 corridas. Já para o consumidor, o atrativo está no bolso: comida pelo preço do cardápio, cupons que somam R$ 99 de desconto e entrega gratuita. Apoio institucional e impacto social O lançamento da 99Food também tem marcado presença em agendas políticas. Em agosto, executivos da empresa reuniram-se com o vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth, que destacou o impacto econômico do investimento de R$ 500 milhões no estado. No mês seguinte, em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu lideranças da 99 e da controladora global DiDi para oficializar um pacote de apoio a entregadores. O anúncio incluiu programas sustentáveis de crédito e aluguel de motos e bicicletas elétricas, em parceria com seis empresas diferentes, com potencial de beneficiar até 600 mil trabalhadores nos próximos cinco anos. Um superapp em construção A chegada da 99Food não deve ser vista isoladamente. A empresa já atua em 3.300 cidades brasileiras com transporte individual, 99Moto e entregas de objetos, além de contar com a 99Pay, sua carteira digital com mais de 21 milhões de contas abertas. O food delivery, portanto, expande um ecossistema que busca consolidar o aplicativo como uma central de conveniência no cotidiano dos usuários. O modelo é inspirado no mercado latino, onde a DiDi já opera com sucesso em países como Colômbia, Costa Rica e Peru. No México, por exemplo, o DiDi Food tornou-se a principal plataforma de entrega, reunindo 74 mil restaurantes e mais de 360 milhões de pedidos. A aposta é que essa experiência internacional ajude a acelerar a curva de adoção no Brasil. O futuro do delivery Os números do setor deixam claro que há espaço — e demanda — para mudança. Hoje, 1,4 milhão de restaurantes compõem o mercado brasileiro, mas cerca de 400 mil não estão presentes em aplicativos de delivery devido ao alto custo de adesão. A 99Food mira justamente essa lacuna, oferecendo acesso a um público que antes estava fora do alcance digital. Se a estratégia se confirmar, os próximos meses podem redefinir a lógica do delivery no país. A expectativa é que o setor retome fôlego, estimulando consumo, contratando mais trabalhadores e fomentando inovação em pequenos e grandes negócios. Como resume Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva: “O delivery se tornou essencial na vida dos brasileiros, mas o modelo atual está quebrado. Há uma demanda clara por mudança. Um novo player com um modelo mais justo não é só bem-vindo — é necessário.” Conheça a nova plataforma.