Greve dos servidores afeta entrega de CNHs e emissão de documentos e licenças no ES; veja órgãos e serviços comprometidos
MP-ES acusa ex-presidentes, servidores e empresários de Câmara da Serra por fraude Servidores públicos do Espírito Santo começaram uma greve geral na últi...

MP-ES acusa ex-presidentes, servidores e empresários de Câmara da Serra por fraude Servidores públicos do Espírito Santo começaram uma greve geral na última terça-feira (7) e a paralisação já afeta o atendimento à população em órgãos estaduais. Entrega de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH), emissão de documentos, liberação de licenças ambientais e vistoria de propriedades são alguns dos serviços comprometidos. A paralisação é promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Estado do Espírito Santo (Sindipúblicos). Os profissionais reivindicam uma reestruturação financeira das carreiras e a recuperação das perdas salariais acumuladas, que, segundo o sindicato, já ultrapassam 50%. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp O governo do estado falou que tem adotado política de valorização dos servidores, disse que está mantendo o diálogo com o sindicato, mas que os serviços ainda não foram afetados. A greve conta com a adesão de cerca de 3,8 mil servidores de 14 autarquias e secretarias. Com quadro de pessoal reduzido, os serviços podem sofrer atrasos. Entre elas: Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES) Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) Secretaria de Gestão e Recursos Humanos (Seger) Secretaria de Educação (Sedu) Secretaria de Estado da Cultura (Secult) Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (ARSP) Departamento de Edificações e de Rodovias do Estado do Espírito Santo (DER-ES) Departamento de Imprensa Oficial (DIO/ES) Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Espírito Santo (IPAJM) Junta Comercial do Estado do Espírito Santo (JUCEES) Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Espírito Santo (Ipem-ES) Carteira Nacional de Habilitação (CNH) Divulgação/Detran-AM Segundo o sindicato, nos 14 órgãos que aderiram à paralisação, os serviços estão parcialmente comprometidos, já que, pela lei, a greve deve garantir o cumprimento mínimo de 30% dos profissionais em atividade. No caso do Detran-ES, a greve pode causar atrasos ou redução no atendimento de serviços como entrega de CNHs, retirada de documentos de veículos e atendimento presencial em unidades do interior do estado. CNH Social: Detran divulga lista dos 3.500 aprovados na 2ª fase; veja nomes dos selecionados No Iema, a paralisação afeta o andamento de processos de licenciamento e fiscalização ambiental, que dependem de análise técnica dos servidores do órgão. Serviços do Idaf, como vistorias em propriedades rurais, emissão de certificados sanitários e registro de produtos agrícolas, também podem sofrer lentidão no trâmite interno enquanto durar a greve. O Incaper, responsável por assistência técnica e extensão rural, possui equipes em mobilização, o que pode alterar o ritmo do atendimento a agricultores e prefeituras. Outros órgãos com servidores mobilizados são o Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), responsável pela gestão de unidades socioeducativas, e a Junta Comercial do Estado do Espírito Santo (Jucees), que atua no registro e legalização de empresas. Negociações sem avanço com o governo Servidores do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) aderiram à greve Reprodução/TV Gazeta Desde 10 de abril, o Sindipúblicos vem realizando mobilizações e atos cobrando diálogo com o governo estadual. Apesar de o movimento ter sido validado pela Secretaria de Gestão e Recursos Humanos (Seger), o sindicato afirmou que nenhuma proposta concreta foi apresentada. Na manhã da última segunda (6), representantes do Sindipúblicos e da Comissão de Negociação se reuniram com o vice-governador Ricardo Ferraço para discutir a pauta da greve. Segundo o sindicato, o encontro ocorreu em clima cordial, mas Ferraço admitiu desconhecer os detalhes das reivindicações e prometeu encaminhar o tema à Casa Civil e à própria Seger, comprometendo-se a dar retorno. O Sindipúblicos informou que a greve segue por tempo indeterminado e que novas assembleias serão realizadas ao longo da semana para avaliar o andamento das negociações. O que diz o governo Em nota, a Secretaria de Gestão e Recursos Humanos (Seger) reforçou que o governo do estado mantém diálogo aberto e constante com as representações dos servidores públicos. Desde 2019, foram concedidos reajustes lineares à categoria, com exceção dos anos de 2020 e 2021, quando a legislação federal impediu reajustes salariais em todo o país. Informou, ainda, que o governo adotou medidas de valorização dos servidores, como o aumento do auxílio-alimentação. A Seger disse que, até o momento, não há registro de situações que comprometam a prestação dos serviços públicos e que permanece acompanhando o andamento do movimento de greve, para garantir o cumprimento mínimo de 30% dos servidores em atividade, previsto em legislação. *Mayhan Araujo é aluno do 28º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta. Este conteúdo foi editado por Vitor Ferri. Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo